terça-feira, 6 de dezembro de 2016

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: Relações de Gênero

Alunas do 4º Semestre de Pedagogia
Ana Paula Mascarenhas
Andreia Nunes Oliveira
Andreia Oliveira Santos Ferreira


INTRODUÇÃO

          De acordo com a Constituição Federal art. 5º “Todos são iguais sem distinção de qualquer natureza”, e desde quando nascemos, somos ensinados o que podemos e o quenão podemos fazer de acordo com nosso gênero. O doutrinamento de gênero começa com as cores dos enxovais dos bebês, os brinquedos que ganhamos de presente e o tipo de roupa que nossos pais nos dão para vestir. Meninas usam vestidinhos de princesas, meninos usam camisetas de super-heróis. Enquanto os garotos brincam com carros, as meninas recebem jogos de panelas, pias, utensílios domésticosde brinquedo e aprendem a brincar de boneca com cabelos loiros, com corpos irrealmente magros, e escutam que precisam ser bonitas e agir como mocinhas.  Rousseau em sua obra Emilio ou da Educação em 1762, fala “O homem nasce bom a sociedade o corrompe. Nossa cultura tem uma forte ideologia de gênero sendo disseminada pela sociedade, nas escolas, nos ambientes de lazer e nas famílias, sejam ela tradicionais ou não. E a pior parte disso é que essas ideias sobre o que é feminino ou masculino estão contaminadas por hierarquizações; ou seja, as crianças acabam aprendendo que meninos podem fazer mais coisas e que as meninas devem agir de maneira submissa e contida. Na prática, o machismo é perpetuado: os homens aprendem a ser predadores e as mulheres enfrentam altos índices de violência machista – aquela que acontece contra as mulheres por motivações misóginas, como a ideia de que devem obedecer seus parceiros ou que não podem rejeitar um avanço sexual.  Preconceito, discriminação relações de poder, relação de gênero não ficam fora dos espaços educacionais e nas práticas pedagógicas. Num momento em que muitos retrocessos acontecem sobre a sociedade brasileira, o campo da educação não está imune a dar passos para trás em conquistas ocorridas nos últimos anos. Esta temática não pode ficar de fora da discussão, seja no currículo, do projeto político-pedagógico ou avaliação crítica quanto as interações que ocorrem dentro dos muros da escola. Rousseau ainda em sua obra Emilio diz “É papel da educação formar a vontade geral no individuo transformando-o em cidadão” Daí a importância dos espaços educacionais,  rever e construir novas práticas pedagógicas pautadas na igualdade de gênero, oferecendo as mesmas oportunidades a todos sem distinção.
OBJETIVOS
Compreender as relações de gênero, como interfere nos espaços educacionais. Analisar o modo como tais práticas orientam e reforçam diferentes habilidades femininas ou masculinas, gerando a desigualdade. Aprender novas práticas pedagógicas, problematizando e buscando soluções, para formar cidadãos críticos que respeitam e valoriza a diversidade.
DESENVOLVIMENTO
“E preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que em um dado momento, a tua fala seja a tua prática.” (Paulo Freire).
Vivemos em uma sociedade “mascarada” onde as pessoas muitas vezes vestem máscaras ou mostram o que não são. Muitas pessoas já não importam mais umas com as outras e o ser humano fica em segundo lugar. O desrespeito, a intolerância, o preconceito, a discriminação, o racismo vem sendo “mascarados” pela sociedade, que diz importar com o próximo. Maso que vimos é o aumento da intolerância, violências, desigualdade social em todas as esferas. Como mudar essa situação? Como mudar essa sociedade?
Paulo Freire dizia que a educação não muda o mundo, a educação muda pessoas. A escola é o veículo que pode propiciar essas mudanças, desta forma,  precisamos falar sobre isso, fomentar, instigar os estudantes a falar e deixar expressar suas ideias, realizando reflexões e assim desconstruir alguns paradigmas, assim propomos o “Jogo das máscaras”.

O jogo de máscaras, atividade para EJA.

PLANEJAMENTO:

Levar para sala máscaras prontas, confeccionadas com cartolinas e coloridas com canetinhas. (segue em anexo modelos das máscaras).
Organizar em circulo, pede para dividir em12 grupos e cada um dos  grupos  vai pegar uma máscara, alheatória.
Depois ler a frase do Rousseau, “O homem nasce bom a sociedade o corrompe”
Na roda de conversa, questione: Quais as máscaras, o que tipo de máscara as pessoas usam no seu dia-a-dia?
Vocês acham que existem pessoas mentirosas ou que não podem ser elas mesmas? Por quê?
Mulheres que sofrem agressão porque não denunciam o seu agressor?
Por que pessoas não revelam sua opção sexual?
Reflexões sobre a utilização das diversas máscaras.
Após fazer as reflexões perguntar aos estudantes: como foi usar essas máscaras? Qual foi o sentimento? Foi fácil usar? Como sente um indivíduo que sofre tal situação?
Muitas vezes somos obrigados a viver uma vida de máscaras, com medo das represálias, repúdio da sociedade, falta de apoio da família.  Pessoas não revelam seus sentimentos, sua opção sexual, sua verdadeira identidade. Sofrem caladas as violências sofridas, trazem na alma as marcas de racismo, preconceitos e violência.  Por que isso? Só quando todas as pessoas entenderem o seu papel na sociedade, quando todos lutarem para que seus direitos de fato sejam exercidos, quando for realmente uma sociedade liberta, estaremos livres de todas as formas de preconceito e discriminação. Quando a humanidade verdadeiramente se importar com o próximo, respeitando e valorizando as diferenças, independente da sua classe social, gênero, religião, raça, etnia, ou opção sexual, seremos uma sociedade mais humanizada e feliz. 
FECHAMENTO
Sabemos que gênero é uma construção social, independente do fator biológico. Desde crianças somos ensinados o que é feminino ou masculino, gerando muitas vezes relação de poder, disputa, discriminação, preconceito e racismo. É importante a escola na formação de cidadãos, que respeitem e valorizem a diversidade.  E o papel do professor no combate a qualquer forma de discriminação.
BIBLIOGRAFIA
https:pensador.uol.com.br>paulo_freire
https:acervo.novaescola.org.br/.../relacoes-de-genero-um-tema-que-nao-pode
CABRAL, João Francisco Pereira “a educação no “Emilio” de Rousseau”: Brasil Escola. Disponível em https: //brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-educação-no-emilio-rousseau.htm. Acesso em 27 de novembro de 2016.

https://www.youtube.com/watch?v=UN6kWKTl_eI

Igualdade de gênero é antes de tudo um direito humano.

https://www.youtube.com/watch?v=oueAfq_XJrg

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