Alunas do 4º Semestre de Pedagogia
Ana Paula
Mascarenhas
Andreia Nunes
Oliveira
Andreia
Oliveira Santos Ferreira
INTRODUÇÃO
De
acordo com a Constituição Federal art. 5º “Todos são iguais sem distinção de
qualquer natureza”, e desde quando nascemos, somos ensinados o que podemos e o
quenão podemos fazer de acordo com nosso gênero. O doutrinamento de gênero
começa com as cores dos enxovais dos bebês, os brinquedos que ganhamos de
presente e o tipo de roupa que nossos pais nos dão para vestir. Meninas usam vestidinhos
de princesas, meninos usam camisetas de super-heróis. Enquanto os garotos
brincam com carros, as meninas recebem jogos de panelas, pias, utensílios
domésticosde brinquedo e aprendem a brincar de boneca com cabelos loiros, com
corpos irrealmente magros, e escutam que precisam ser bonitas e agir como
mocinhas. Rousseau em sua obra Emilio ou
da Educação em 1762, fala “O homem nasce bom a sociedade o corrompe. Nossa
cultura tem uma forte ideologia de gênero sendo disseminada pela sociedade, nas
escolas, nos ambientes de lazer e nas famílias, sejam ela tradicionais ou não.
E a pior parte disso é que essas ideias sobre o que é feminino ou masculino
estão contaminadas por hierarquizações; ou seja, as crianças acabam aprendendo
que meninos podem fazer mais coisas e que as meninas devem agir de maneira
submissa e contida. Na prática, o machismo é perpetuado: os homens aprendem a
ser predadores e as mulheres enfrentam altos índices de violência machista –
aquela que acontece contra as mulheres por motivações misóginas, como a ideia
de que devem obedecer seus parceiros ou que não podem rejeitar um avanço
sexual. Preconceito, discriminação relações
de poder, relação de gênero não ficam fora dos espaços educacionais e nas
práticas pedagógicas. Num momento em que muitos retrocessos acontecem sobre a
sociedade brasileira, o campo da educação não está imune a dar passos para trás
em conquistas ocorridas nos últimos anos. Esta temática não pode ficar de fora
da discussão, seja no currículo, do projeto político-pedagógico ou avaliação
crítica quanto as interações que ocorrem dentro dos muros da escola. Rousseau
ainda em sua obra Emilio diz “É papel da educação formar a vontade geral no
individuo transformando-o em cidadão” Daí a importância dos espaços
educacionais, rever e construir novas
práticas pedagógicas pautadas na igualdade de gênero, oferecendo as mesmas
oportunidades a todos sem distinção.
OBJETIVOS
Compreender as relações de gênero, como interfere nos espaços
educacionais. Analisar o modo como tais práticas orientam e reforçam diferentes
habilidades femininas ou masculinas, gerando a desigualdade. Aprender novas
práticas pedagógicas, problematizando e buscando soluções, para formar cidadãos
críticos que respeitam e valoriza a diversidade.
DESENVOLVIMENTO
“E preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até
que em um dado momento, a tua fala seja a tua prática.” (Paulo Freire).
Vivemos em uma sociedade “mascarada” onde as pessoas muitas vezes vestem
máscaras ou mostram o que não são. Muitas pessoas já não importam mais umas com
as outras e o ser humano fica em segundo lugar. O desrespeito, a intolerância, o
preconceito, a discriminação, o racismo vem sendo “mascarados” pela sociedade,
que diz importar com o próximo. Maso que vimos é o aumento da intolerância, violências,
desigualdade social em todas as esferas. Como mudar essa situação? Como mudar
essa sociedade?
Paulo Freire dizia que a educação não muda o mundo, a educação muda pessoas.
A escola é o veículo que pode
propiciar essas mudanças, desta forma, precisamos falar sobre isso, fomentar,
instigar os estudantes a falar e deixar expressar suas ideias, realizando
reflexões e assim desconstruir alguns paradigmas, assim propomos o “Jogo das
máscaras”.
O jogo de máscaras, atividade para
EJA.
PLANEJAMENTO:
Levar para sala máscaras prontas, confeccionadas com cartolinas e
coloridas com canetinhas. (segue em anexo modelos das máscaras).
Organizar em circulo, pede para
dividir em12 grupos e cada um dos grupos
vai pegar uma máscara, alheatória.
Depois ler a frase do Rousseau, “O
homem nasce bom a sociedade o corrompe”
Na roda de conversa, questione: Quais
as máscaras, o que tipo de máscara as pessoas usam no seu dia-a-dia?
Vocês acham que existem pessoas
mentirosas ou que não podem ser elas mesmas? Por quê?
Mulheres que sofrem agressão porque
não denunciam o seu agressor?
Por que pessoas não revelam sua opção
sexual?
Reflexões sobre a utilização das
diversas máscaras.
Após fazer as reflexões perguntar aos estudantes: como foi usar essas
máscaras? Qual foi o sentimento? Foi fácil usar? Como sente um indivíduo que
sofre tal situação?
Muitas vezes somos obrigados a viver uma vida de máscaras, com medo das
represálias, repúdio da sociedade, falta de apoio da família. Pessoas não revelam seus sentimentos, sua
opção sexual, sua verdadeira identidade. Sofrem caladas as violências sofridas,
trazem na alma as marcas de racismo, preconceitos e violência. Por que isso? Só quando todas as pessoas
entenderem o seu papel na sociedade, quando todos lutarem para que seus
direitos de fato sejam exercidos, quando for realmente uma sociedade liberta,
estaremos livres de todas as formas de preconceito e discriminação. Quando a
humanidade verdadeiramente se importar com o próximo, respeitando e valorizando
as diferenças, independente da sua classe social, gênero, religião, raça,
etnia, ou opção sexual, seremos uma sociedade mais humanizada e feliz.
FECHAMENTO
Sabemos que gênero é uma construção social, independente do fator
biológico. Desde crianças somos ensinados o que é feminino ou masculino, gerando
muitas vezes relação de poder, disputa, discriminação, preconceito e racismo. É
importante a escola na formação de cidadãos, que respeitem e valorizem a
diversidade. E o papel do professor no
combate a qualquer forma de discriminação.
BIBLIOGRAFIA
https:pensador.uol.com.br>paulo_freire
https:acervo.novaescola.org.br/.../relacoes-de-genero-um-tema-que-nao-pode
CABRAL,
João Francisco Pereira “a educação no “Emilio” de Rousseau”: Brasil Escola.
Disponível em https: //brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-educação-no-emilio-rousseau.htm.
Acesso em 27 de novembro de 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=UN6kWKTl_eI
Igualdade de gênero é antes de tudo um direito humano.


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